Hoje estive pensando em algumas pessoas que conheço no Brasil que são contra adoção.
Aqui nos Estados Unidos, a é algo bem comum. Escutei uma palestrante
dizer que 40% da população americana tem alguma relação com a adoção
(são adotados, possuem filhos, sobrinhos ou amigos adotivos). Acho que
por esse motivo, aqui é muito raro escutar que alguém é contra adoção.
Quando acontece, geralmente a pessoa que é contra adoção foi adotada
internacionalmente por uma família que não a tratou como um verdadeiro
filho e essa pessoa veio a crescer sentindo-se como um estranho.
Porém aqui no Brasil, eu conheci pessoas que nunca adotaram, não são
adotadas e tem pavor da palavra adoção. A maioria diz ser porque
crianças adotivas não prestam, nunca terminam em coisa boa esó vão
trazer dor de cabeça para a família.
Estive pensando no porquê desse pensamento tão preconceituoso em um
pais tão receptivo como o Brasil e pude perceber algumas coincidências
entre as pessoas que pensam dessa maneira.
A maioria das pessoas que pensam assim estão entre a faixa etária dos
meus pais e meus avós e vivenciaram um caso de adoção a brasileira, ou
seja, conheceram uma criança que foi criada por uma família sem contudo
ter sido oficialmente adotada e ter direitos iguais aos dos filhos
biológicos. Algumas dessas crianças crescem sentindo-se duplamente
rejeitadas (pelos pais biológicos e adotivos).
No entanto, conheço adultos que mesmo tendo sido criados nessas
condições, se tornaram gratos a família que lhes deu casa, comida,
educação e muitas vezes amor.
Gostaria de ressaltar que a adoção nem sempre é algo fácil. Uma
criança quando é adotada recém-nascida, já sofreu a perda dos pais
biológicos e provavelmente um dia vai querer saber de onde veio e porque
foi entregue para adoção. Já crianças que foram adotadas maiores,
provavelmente foram tiradas dos pais por maus tratos ou abusos.
Em geral, essas crianças passaram por grandes perdas e vão precisar
de muito carinho, compreensão e amor. Além disso, é possível que também
necessitem de ajuda psicológica para superar seus traumas.
Acredito que com amor e dedicação, seu filho adotivo poderá chegar
bem longe! Filhos são filhos, seja adotivo ou biológico. Precisam de
amor e direcionamento para serem pessoas de bem. Não precisam de
caridade, porque ninguém tem um filho por caridade.
Agora se você sente que Deus te capacitou para ser mãe de uma criança que irá nascer no seu coração então não temas!
Gostaria de deixar aqui três exemplos de pessoas que foram adotadas e se tornaram o orgulho de suas famílias.
Nelson Mandela:
Símbolo mundial da luta contra o apartheid na África do Sul, foi adotado aos nove anos de idade pelo chefe Jongintaba Dalindyebo, o regente interino do povo Tembu, após a morte do seu pai.
Símbolo mundial da luta contra o apartheid na África do Sul, foi adotado aos nove anos de idade pelo chefe Jongintaba Dalindyebo, o regente interino do povo Tembu, após a morte do seu pai.
Doctor Rey:
O famoso cirurgião plástico brasileiro, também conhecido como Dr. Hollywood (por ter operado várias estrelas do cinema norte-americano), foi adotado por uma família de missionários norte-americanos e se formou na famosa universidade de Harvard.
O famoso cirurgião plástico brasileiro, também conhecido como Dr. Hollywood (por ter operado várias estrelas do cinema norte-americano), foi adotado por uma família de missionários norte-americanos e se formou na famosa universidade de Harvard.
Milton Nascimento:
Filho de uma empregada doméstica que morreu quando ele tinha pouco mais de um ano de idade, o cantor brasileiro foi adotado pela filha da patroa de sua mãe, Lília Silva Campos que o levou para Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Filho de uma empregada doméstica que morreu quando ele tinha pouco mais de um ano de idade, o cantor brasileiro foi adotado pela filha da patroa de sua mãe, Lília Silva Campos que o levou para Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Por: Cintia
Fonte: http://asavinglove.com/2013/09/27/adotados-amados-e-bem-criados/